Se gere uma empresa, sabe que não é fácil sobreviver num mercado cada vez mais globalizado e competitivo.
A concorrência não dá tréguas, os consumidores são cada vez mais exigentes, o espírito de mudança tem de ser promovido todos os dias e é preciso acrescentar valor ao negócio para se obter vantagens competitivas.
Mesmo assim, só sobrevivem as empresas que inovam, criam valor e se focam nos clientes ao invés de se focar em si mesmas.
Por isso, a questão que se impõe não é tanto “quando” ou “onde”, mas “como” o conseguir. E a resposta traduz-se muitas vezes numa medida estratégica: a fusão ou aquisição!
As fusões e aquisições empresariais são processos que efetivamente contribuem para que as organizações diversifiquem as suas atividades e/ou se tornem mais fortes e competitivas. Motivo q.b. para lhe darmos o protagonismo neste artigo. Acompanhe-nos!
Genericamente, fusão é a junção de duas ou mais empresas que deixam de existir individualmente para se tornarem numa única nova empresa e aquisição é a compra do controle acionista de uma empresa por outra, considerando que a primeira desaparece.
Por outras palavras, a fusão consiste numa operação societária que envolve duas ou mais empresas que aliam os respetivos patrimónios para formar uma nova sociedade comercial (na maioria dos casos, as fusões de empresas envolvem empresas de dimensão semelhante) e aquisição consiste numa operação societária no qual o património total de uma empresa de menor dimensão passa a ser controlado parcial ou totalmente por uma empresa de maior dimensão.
Antes de passar ao impacto desta estratégia, se gere uma PME talvez seja interessante saber que as fusões e aquisições de empresas em Portugal caíram 87% em valor em abril de 2018, em comparação com o mesmo período de 2017, segundo um relatório da Transactional Track Record (TTR).
Ainda assim, as fusões e aquisições no nosso país atingiram 78 milhões de euros só no mês de abril de 2018 e, embora a queda seja significativa, não nos podemos olvidar do facto de desde 2012 se ter verificado um aumento sustentado do número de transações.
Apesar do valor das transações não ter aumentado, subiu o número de empresas de menor dimensão a optar por esta estratégia. Por isso, se o tema já era importante para as grandes empresas, agora as PME de todos os setores da economia também olham para esta estratégia de crescimento com outros olhos.
Mesmo havendo diferenças conceptuais entre as estratégias de fusão e aquisição, os motivos que levam as empresas a optarem por estes mecanismos são idênticos, sendo os principais:
É unânime que os ganhos de eficiência e o aumento da quota de mercado são os principais benefícios das fusões e aquisições de empresas:
Seja como for, o real impacto da fusão e aquisição no contexto organizacional é peculiar, pois diverge consoante as caraterísticas de cada empresa: tipo, dimensão, setor de atividade, gestão dos fatores financeiros e culturais. Note-se que se determinados fatores culturais, como o impacto que um processo destes pode ter nos trabalhadores, forem mal geridos e desvalorizados face aos fatores financeiros, o sucesso da operação pode ficar comprometido…
O impacto da fusão e aquisição não se limita às empresas envolvidas no processo. Além dos aumentos de rentabilidade para as empresas, a estratégia pode ter efeitos positivos quer para os stakeholders internos (acionistas, equipas de gestão e trabalhadores) quer para os externos (clientes, concorrentes e sociedade em geral). Senão vejamos…
É evidente que as fusões e aquisições de empresas também têm efeitos negativos e por isso mesmo se têm imposto leis de concorrência e, em operações de maior dimensão, as empresas ficam sujeitas à aprovação prévia da Autoridade da Concorrência, que analisará a conformidade da operação com essas leis. Assim sendo, podem acontecer situações nefastas para os stakeholders como por exemplo:
Para avaliar o impacto da fusão e aquisição, importa então analisar os efeitos do poder de mercado e dos ganhos de eficiência para chegar aos resultados desta operação, nomeadamente a sua influência nos preços e as suas consequências para as próprias empresas envolvidas, consumidores, concorrentes e sociedade.
Então qual é o segredo do sucesso desta estratégia? Ele está na correta e clara definição do objetivo da fusão ou aquisição! Esta definição de objetivos implica uma equipa de gestão ciente e comprometida em atingir as metas pré-estabelecidas, contemplando a cultura e valores vigentes nas organizações e, impondo respeito para que todas se possam fundir numa só de forma plenamente satisfatória.
A fusão de culturas é de extrema importância. Por exemplo, se existir sobreposição de recursos humanos nas empresas envolvidas, os problemas inerentes a essa sobreposição devem ser discutidos e tratados de forma mais célere e integradora possível.
Outro dos fatores de sucesso da fusão e aquisição está no suporte profissional. Antes de se efetuar o acordo, as empresas devem tomar as devidas precauções contratando uma equipa de profissionais experientes e especializados nas diferentes áreas implicadas no negócio (jurídica, financeira, fiscal…). Munida de informação robusta, essa equipa de suporte pode trazer a confiança necessária para uma tomada de decisão consciente em prol dos objetivos das empresas e o suporte das iniciativas de implementação necessárias para a sua concretização.
Definir e orientar uma estratégia de Fusão e Aquisição é uma tarefa complexa que, para além de exigir muita dedicação, exige que haja conhecimento do mercado onde opera e também uma visão externa do negócio.
Se necessário, recorra a serviços de consultoria especializados que podem apoiá-lo, com informação de qualidade, para uma tomada de decisão consciente e responsável e ainda, agregando valor duradouro em toda esta estratégia.
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