Um dos maiores desafios da realidade dos dias de hoje passa pela antecipação por parte dos líderes empresariais das formas como a mudança tecnológica vai interferir ou mesmo alterar as suas operações.
A transformação digital traz um conjunto de possibilidades, como a geração de informação, automação e a inteligência artificial (AI), que, bem aplicadas, podem tornar as organizações mais eficientes e eficazes, orientando os seus colaboradores, que outrora tinham trabalhos mais standardizados, para trabalhos mais significativos no que toca ao acréscimo de valor para a empresa.
No entanto, o posicionamento para estas mudanças é bastante dispendioso e cabe aos executivos escolher o uso que irão dar à nova tecnologia de forma a manterem-se relevantes para o mercado onde se inserem.
Transformação digital é um termo bastante abrangente, sendo que para cada indústria existem as suas definições, pois muitas vezes são diferentes das oportunidades exploradas. As próprias integrações destas tecnologias afetam grande parte das empresas e até chegam mais longe, afetando produtos, processos, canais de venda ou supply chains.
O que mais preocupa a um líder de uma empresa, pode ser o ritmo da mudança, desde a velocidade do desenvolvimento até ao modo como os mercados estão constantemente a evoluir.
Neste período cabe ao gestor dar um passo atrás, no sentido de perceber o seu core business e compreender de que forma este está suscetível a competir num mercado tecnológico, seja com concorrentes já existentes, ou mesmo uma tech startup.
De forma a serem bem-sucedidos, os gestores das empresas vão precisar de pensar em como adaptar os seus produtos já existentes, estudar novas oportunidades confinantes aos seus negócios ou, em caso de necessidade, desenvolver produtos novos que correspondam às exigências do mercado, jogando com a alocação dos seus recursos e investimentos necessários.
Neste ponto, encontramo-nos perante um dos grandes desafios das empresas: onde e como investir?
Quando pensamos em fazer investimentos, particularmente, em tecnologia, as opções são infinitas nos dias de hoje e gastar quantias avultadas, quer para adaptar processos de produtos existentes ou até para criar novos produtos, acontece facilmente.
Este tipo de investimento pode apresentar-se como bastante desafiador uma vez que as vantagens e desvantagens podem ser enormes.
O processo de tomada de decisão nesta fase pode ser decisivo para determinar se certo investimento irá ter sucesso ou não, pois por mais capital disponível para investimento que exista numa organização, se não for alocado às necessidades reais desta para alcançar a eficiência e eficácia máxima desejada, os custos irão demonstrar-se muito mais elevados que os ganhos.
Daí ser comum as empresas procurarem serviços financeiros e de consultoria para ajudar a tomar a decisão mais assertiva e alinhada com a estratégia da empresa.
A transformação digital obriga os gestores a pensarem em longo prazo:
Muitos gestores ainda hoje tentam ignorar esta questões e esperar que acabe por se resolver sozinha internamente. No entanto, os futuros líderes com sucesso pensam de que forma toda esta invasão tecnológica pode melhorar os seus negócios.
O primeiro contacto com esta realidade, passou por grandes empresas que na sua base são plataformas digitais, data, network e AI.
Dentro deste leque pensamos na Apple, Google, Amazon e Facebook, por exemplo, empresas que cresceram alinhadas com o boom tecnológico em que nos encontramos, daí serem negócios digitais muito bem-sucedidos. Neste tipo de negócio, setor da tecnologia, uma vez terem sido criados com base digitalização não vão necessitar de se tornar digitais, porque já o são.
Mas, como sabemos, todas estas grandes empresas passam por processos de transformação dos seus modelos de negócio em certa forma, como por exemplo, a aposta no desenvolvimento de clouds e a aplicação de soluções AI de forma a tornarem a sua gestão de clientes, produção e distribuição mais eficientes.
Na realidade de empresas que fornecem serviços financeiros e de consultoria, a mudança mais significativa que podemos encontrar é o investimento em data science, AI e digital learning.
Este tipo de tecnologias serão consideradas em tudo o que podemos vir a fazer no futuro com os nossos clientes, pois, desta forma, garantimos os recursos, capacidades, ferramentas e soluções mais eficazes e eficientes para os nossos clientes, impulsionando o nosso trabalho.
Até hoje, os problemas que surgiam num trabalho resumiam-se a simples ou complicado, fazendo as pessoas construir uma solução à volta destas questões que surgiam. Agora, trabalhamos debruçados sobre a complexidade e como um produto/serviço pode solucionar um problema complexo.
Para tal, irá ser necessário um conjunto de AI, plataformas, networking, entre várias formas de tecnologia, mas esta automação não é possível sem as pessoas, pois estas, em vez de se focarem nos problemas simples ou complicados, onde gastam maior parte do seu tempo, não se focando no que realmente merece a sua atenção e esforço.